terça-feira, 25 de novembro de 2008

a tua inexistência

Navalhas espetadas nas costas, camas desfeitas.
Deixa-me!
Já disse!
Quero enrolar-me em brocados azuis, rir sozinho,
prefiro e respiro ares de pura infantilidade
não te quero ver.
Quero amar apenas o teu retrato imaginado,
como camas de putas
amar a tua inexistência como amo aquela que me pariu.
Prefiro cobrir com seda,
beijar-te,
ficar submisso,
não consigo sair deste vício,
o teu corpo nu coberto de luares imaginários
entre brumas invisíveis.

Quero e desejo o teu corpo coberto por sedas e linhos negros
Sem luz sem ar para respirar.

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